Daniel Lancaster, Author at PDG Brasil https://perfectdailygrind.com/pt/author/daniellancaster/ Revista digital sobre café, da fazenda à xícara Wed, 03 Jan 2024 20:42:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.2 https://perfectdailygrind.com/pt/wp-content/uploads/sites/5/2020/02/cropped-pdgbr-icon-32x32.png Daniel Lancaster, Author at PDG Brasil https://perfectdailygrind.com/pt/author/daniellancaster/ 32 32 Como saber quando é hora de investir em um novo torrador? https://perfectdailygrind.com/pt/2023/12/22/novo-torrador-cafe/ Fri, 22 Dec 2023 11:04:00 +0000 https://perfectdailygrind.com/pt/?p=13670 Para a maioria das torrefações, muitas vezes chega um momento em que expandir as operações é benéfico – ou até mesmo necessário. Isso pode se dar por uma infinidade de razões, incluindo um novo cliente atacadista, o lançamento de uma loja online ou apenas um aumento contínuo nos pedidos dos clientes. A decisão de expandir […]

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Para a maioria das torrefações, muitas vezes chega um momento em que expandir as operações é benéfico – ou até mesmo necessário. Isso pode se dar por uma infinidade de razões, incluindo um novo cliente atacadista, o lançamento de uma loja online ou apenas um aumento contínuo nos pedidos dos clientes.

A decisão de expandir as operações traz muitos fatores a serem considerados pelas torrefações, e um dos mais importantes é investir em um novo torrador. Sem uma máquina de maior capacidade ou mais avançada, escalar o crescimento de um negócio de café de forma sustentável é um grande desafio. Então, para saber mais sobre como saber quando é hora de comprar um novo torrador, conversei com Niko Sunko, chefe de torra e comprador de café verde da Bell Lane Coffee em Mullingar, Irlanda.

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Lote de cafés a serem torrados numa torrefação

Por que expandir as operações da sua torrefação?

Como qualquer empresa, a maioria das torrefações aspira a crescer. Em termos de vendas e outras áreas de desenvolvimento de negócios, é raro que uma torrefação de café queira permanecer estagnado.

Uma das maiores maneiras de expandir as operações é fechar contrato com um cliente atacadista. Naturalmente, ao vender café para contas de atacado, os pedidos de maior volume aumentarão. Por sua vez, a quantidade de café que precisa ser torrado aumentará significativamente. Também vale a pena notar, no entanto, que o lucro por saco de café no atacado será menor em comparação com os pedidos diretos ao consumidor. 

Portanto, para manter ou melhorar os lucros, a quantidade de café vendida também precisa aumentar, o que geralmente significa comprar uma máquina de maior capacidade. Ao torrar lotes maiores de café, os operadores podem reduzir os custos de mão-de-obra e economizar tempo – e, assim, aumentar a margem de lucro por saco de café vendido por atacado.

Mas vender café no atacado pode não ser a opção mais lucrativa ou sustentável para muitas torrefações – e não é a única razão para expandir as operações. Abrir uma loja de comércio eletrônico pode ser uma maneira mais acessível para os proprietários de torrefação venderem mais café – o que significa investir em um torrador maior em primeiro lugar.

Além de aumentar as vendas business-to-business e business-to-consumer, as torrefações também precisam garantir que as operações permaneçam simplificadas à medida que crescem. “Ao expandir nossa torrefação, uma das vantagens foi fortalecer nosso relacionamento com os produtores”, diz Niko. “Importar volumes maiores de café verde é logisticamente mais fácil para nós e também melhora as vendas e a receita para ambas as partes.”

Torrefador operando painel de controle do seu novo torrefador

Então, quando você deve expandir as operações

Em primeiro lugar, não existe uma abordagem única para expandir as operações do seu negócio de torrefação de café. “É o momento ideal para ampliar sua torrefação quando você alcançar estabilidade em suas operações e todos os aspectos da produção estiverem funcionando sem problemas”, sugere Niko. “Isso geralmente significa que você tem o conhecimento e a capacidade para lidar com a produção, o fornecimento, o controle de qualidade e o crescimento logístico de forma eficaz.”

Quando uma torrefação experimenta um aumento contínuo na quantidade de café que está torrando, ela apresenta uma boa oportunidade para avaliar se vale a pena comprar uma máquina maior. Essencialmente, torrar volumes maiores de café é um resultado direto do aumento das vendas, o que indica um aumento na demanda. Se os dados de vendas dos últimos anos estiverem disponíveis (e você puder prever quaisquer tendências ou padrões), uma torrefação deve conseguir projetar o crescimento das vendas durante um período específico.

Além disso, um operador de torra também deve conseguir estimar a quantidade de café que precisa ser torrada a cada semana, bem como o número de horas que levará em sua máquina atual. Se os custos de produção e mão-de-obra ainda se equilibrarem ao usar essa máquina, provavelmente não é hora de mudar para uma nova.

Você precisa mesmo de um novo torrefador para expandir?

Certamente é possível que uma torrefação mantenha as operações enquanto ainda usa uma pequena máquina. Mas há algumas considerações a ter em mente. Vender volumes maiores de café torrado inevitavelmente significa mais tempo gasto operando a máquina. “Torrar lotes menores sucessivamente para atender ao aumento da demanda pode ser ineficiente e trabalhoso”, diz Niko, que usa um torrador IMF.

Além disso, consistência e qualidade são essenciais para torrar cafés especiais, portanto, torrar lotes menores com mais frequência não é a solução mais eficaz quando as vendas começam a aumentar. “Sempre será mais fácil torrar consistentemente dez lotes consecutivos em vez de 30 ”, acrescenta. “Investir em uma máquina maior geralmente significa que você pode exercer mais controle sobre diferentes variáveis, o que é essencial para manter a consistência e a qualidade à medida que os volumes aumentam.”

Com isso em mente, a maioria dos fabricantes recomenda que você não carregue torradores com mais de 75% de sua capacidade declarada por torra. Além disso, os fabricantes de equipamentos também recomendam um limite de quantos lotes você deve torrar por semana em uma máquina. Por exemplo, se um torrador pode lidar com lotes de 5 kg a cada 15 minutos, isso não significa necessariamente que você possa atender a 800 kg de pedidos torrando 160 lotes por semana sem danificar sua máquina – sem mencionar os altos custos de energia.

Torrefador de média proporção

Analisando torradores de diferentes tamanhos

Após escolher comprar um novo torrador, é preciso saber qual tamanho funcionará melhor para a torrefação. Isso se baseia muito na quantidade de café que pode ser torrado por lote. Os torradores de menor porte incluem máquinas domésticas, de amostra e pequenas máquinas comerciais. Muitas empresas começam com torradores comerciais menores, com capacidade de 1 kg a 3 kg. No entanto, se uma empresa decidir expandir, é provável precisar de uma máquina maior para acompanhar um aumento nos pedidos – variando de um torrador de 5 kg a 15 kg. 

Os torradores comerciais de médio porte, por sua vez, geralmente têm capacidade entre 15kg e 30kg. Em muitos casos, essas máquinas funcionam melhor para a maioria das torrefações. “Por exemplo, o IMF RM30 é um torrador de maior capacidade que vem com recursos integrados. Entre eles, um destonador e um carregador para café verde”, diz Niko.

Uma máquina com um tamanho de lote de 30 kg ou mais é considerada um torrador grande. Alguns desses modelos podem até conter lotes de 70 kg de café – o que os torna muito mais adequados para grandes torrefações de grau commodity. “Ao expandir para estabelecer uma operação maior, o IMF RM60 tem uma capacidade de lote ainda maior”, acrescenta Niko. “Mas é essencial trabalhar em estreita colaboração com uma equipe de engenharia e design para planejar seu layout de torrefação. Especialmente se você precisar incluir linhas de embalagem para operações maiores.”

Dicas para investir em um torrefador maior

Embora a atualização da máquina seja apenas um aspecto da expansão da sua torrefação, ela terá um efeito significativo nas operações em geral. O custo é quase sempre a principal consideração. Os torradores são um dos equipamentos mais caros que as empresas de café podem comprar, o que tem um enorme impacto no orçamento. Uma máquina maior naturalmente também ocupará mais espaço, então você certamente precisa ter área suficiente para garantir eficiência em seu fluxo de trabalho.

Além disso, investir em um torrador maior normalmente significa que você precisará de mais espaço de armazenamento para café verde e torrado. Suprimentos de embalagem, sistemas de ventilação, recipientes de armazenamento, aumento de resíduos e mais funcionários trabalhando na torrefação também devem ser levados em conta ao projetar um espaço maior. O fornecimento de energia também é importante. Ao migrar para uma máquina maior, tenha em mente a forma de alimentação do torrador. O funcionamento a gás ou eletricidade pode afetar seu fornecimento de energia. Nesses casos, recomenda-se consultar uma empresa de design de torrefação profissional, como a IMF.

Detalhe de um novo torrefador da IMF Roasters

Expandir as operações de torra geralmente é uma jogada inteligente para a maioria das empresas de café. No entanto, deve-se ter cuidado e consideração ao realizar este movimento – e investir em uma máquina é um dos passos mais importantes.

Mudar de torrador prematuramente, no entanto, também pode trazer seus próprios problemas. Por fim, trata-se de pesar os prós e contras e levar todos os fatores em consideração.

Gostou? Em seguida, leia nosso artigo sobre como as torrefações armazenam e transportam o café torrado com segurança e eficácia.

Créditos das fotos: Bell Lane Coffee

PDG Brasil 

Traduzido por Daniela Melfi

Observação: a IMF Roasters é patrocinadora do Perfect Daily Grind.

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Existe um padrão para estabelecer um perfil de torra? https://perfectdailygrind.com/pt/2023/12/04/cafe-perfil-de-torra/ Mon, 04 Dec 2023 11:01:00 +0000 https://perfectdailygrind.com/pt/?p=13565 Qualquer torrefador dirá que cada café é diferente. Em se tratando de diferentes origens, variedades, métodos de processamento ou densidades dos grãos, existem muitos fatores que influenciam como você torra o café. Além disso, é responsabilidade do torrador destacar as melhores características de cada café principalmente aquelas que o tornam mais singular.  Portanto, os torrefadores […]

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Qualquer torrefador dirá que cada café é diferente. Em se tratando de diferentes origens, variedades, métodos de processamento ou densidades dos grãos, existem muitos fatores que influenciam como você torra o café. Além disso, é responsabilidade do torrador destacar as melhores características de cada café principalmente aquelas que o tornam mais singular.  Portanto, os torrefadores devem desenvolver diferentes perfis de torra para conseguir os melhores resultados.

Desta forma, cabe perguntarmos se existe uma abordagem universal para o perfil de torra que os profissionais de café podem seguir – e depois ajustar de acordo com cada café? Ou é melhor adotar uma abordagem diferente para cada grão? Falei com Marcus Young, Vice-Presidente Executivo de Café da goodboybob, e Fabio Ferreira, sócio da Notes Coffee, para saber mais.

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Grãos de café sendo despejados numa tigela sobre mesa de cupping

O que é um perfil de torra?

Na indústria do café, muitas vezes falamos sobre perfis claros, médios e escuros de torra – mas o que eles realmente significam? O Sweet Maria ‘s define um perfil de torra como “o que aconteceu durante a torra e quais ajustes foram feitos para afetar o resultado”. Essencialmente, é um conjunto de dados coletados durante a torra. Esses dados são exibidos em um gráfico (ou curva de torra) para poderem ser replicados – semelhante a uma receita culinária.

Podemos então definir o perfil de torra como o processo de manipulação de variáveis, como o tempo e a temperatura, para obter um bom equilíbrio de acidez, doçura, amargor e textura para um café específico. Marcus é o vice-presidente executivo de café da goodboybob, uma torrefadora de café especial vencedora do Golden Bean na Califórnia, EUA. Ele diz que uma grande parte de aprender a desenvolver perfis de torra é saborear muitos cafés diferentes. “Para ser um ótimo torrador, primeiro você precisa ser um ótimo cupper”, afirma. 

A degustação é uma prática da indústria realizada por produtores, compradores de café verde e torrefadores em todo o mundo para saborear o café. Ele segue um conjunto padrão de protocolos de preparo, que os Q graders usam para avaliar e pontuar perfis sensoriais e qualidade. Provar regularmente uma variedade de cafés – incluindo diferentes origens, altitudes, métodos de processamento e variedades – significa que os torrefadores conseguem entender melhor a vasta gama de sabores do café. Por sua vez, o processo de desenvolvimento e personalização de perfis de torra torna-se mais fácil.

Por que ele é tão importante?

Como estabelecemos, cada café é diferente. Por exemplo, um café cultivado em um clima úmido em uma elevação mais baixa reagirá de forma diferente quando torrado em comparação com outro café cultivado em uma elevação mais alta em condições ambientais mais secas. Mas o clima e a altitude são apenas dois fatores entre muitos que afetam o perfil de torra. 

Tomemos a origem, por exemplo. Com a maioria dos cafés quenianos tendo uma acidez muito mais brilhante e proeminente do que os cafés cultivados em outros países, isso precisa ser levado em conta ao desenvolver um perfil de torra. Da mesma forma, você também precisa torrar os cafés lavados de forma diferente dos cafés naturais, mel e processados experimentalmente. Considerando isso, não há uma abordagem única para a criação de perfis de torra. Mas o que os torrefadores podem fazer é seguir as etapas e orientações gerais para encontrar o perfil ideal para um determinado café.

Torrefador analisando o perfil de torra de um lote

Por onde começar com o perfil de torra?

Para torrefadores mais experientes, muitas vezes é mais fácil desenvolver um perfil de torra inicial para um café que eles nunca compraram antes. Fabio fundou a torrefação britânica Notes Coffee em 2008, junto com Robert Robinson. Ele diz que, quando compra um café novo, analisa perfis de torra anteriores para encontrar um bom ponto de partida. “Eu uso esse perfil de torra como minha linha de base para que eu não torre o novo café às cegas”. 

Isso obviamente ajuda a aumentar as chances de desenvolver um bom perfil de torra na primeira vez – e depois ajustar para aprimorar os resultados. No entanto, é improvável que os torrefadores mais novos tenham um catálogo de perfis de torra tão grande quanto os mais experientes. Por sua vez, eles precisam considerar vários atributos do café e construir um perfil de torra a partir daí.

Para ajudar no processo, Fábio e Marcus recomendam comprar um café de uma colheita anterior do seu fornecedor. Os torrefadores menos experientes podem então usar este café mais barato para brincar com o perfil de torra e entender melhor como diferentes variáveis afetam o perfil sensorial geral.

Quais são os fatores mais importantes a se considerar?

Existem, é claro, muitas variáveis cruciais a serem levadas em consideração ao desenvolver um perfil de torra. “A densidade do grão é um fator essencial para eu entender como posso torrar um café específico”, diz Marcus. Por exemplo, você pode precisar torrar um café mais denso a uma temperatura mais alta, enquanto o café menos denso geralmente requer uma temperatura de queda mais baixa e uma abordagem mais suave.

“Da mesma forma, o método de processamento também pode me dizer quanto calor devo aplicar”, acrescenta. “Um café lavado, eu torraria por um pouco mais de tempo, enquanto um café natural, eu reduziria o tempo total de torra para mostrar mais seus sabores.” Além da densidade do grão e do método de processamento, outras variáveis também são fundamentais para se ter em mente:

Provadora profissional de café avaliando uma amostra

Entendendo o que faz com que perfis de torra mudem

Embora o café verde seja um produto estável, ele passa a envelhecer com o tempo, geralmente cerca de um ano após a colheita. Por isso os torrefadores precisam estar cientes de como esse café mudará nos próximos meses. À medida que os grãos envelhecem, eles começam a perder acidez e doçura. Isso significa que, para evitar sabores indesejados, os torrefadores precisam criar perfis de torra de acordo.

“Com o café verde mais antigo, costumo torrar um pouco mais, o que lhe dá mais tempo para desenvolver os açúcares e compostos de sabor”, diz Marcus. “Por exemplo, se for uma torra de dez minutos quando o café estivesse fresco, eu aumentaria o tempo total de torra para 10,5 ou 11 minutos.”

Tanto o café verde quanto o torrado devem ser armazenados em condições ideais para preservar o frescor e a qualidade pelo maior tempo possível. Variáveis como temperatura, níveis de umidade e exposição à luz e oxigênio desempenham um grande papel nisso. Olhando especificamente para a temperatura, flutuações significativas farão com que o café verde envelheça muito mais rapidamente, o que afeta como o café será torrado. “Até mesmo o clima influenciará seu perfil de torra”, diz Fábio. 

Ele descreve uma época em que desenvolveu um perfil de torra para um café específico que deveria ter produzido bons resultados, mas sua curva estava “completamente fora dos gráficos”. “Estava muito frio naquele dia”, acrescenta ele, enfatizando que os torrefadores devem levar em conta as condições climáticas nos dias de produção em lote e como elas podem afetar o processo de torrefação.

Manter a consistência das variáveis

Certamente existem muitos outros fatores que podem influenciar um perfil de torra. No entanto, alguns deles estão mais relacionados à técnica do que à forma como o café está mudando ao longo do tempo. O tamanho do lote, por exemplo. Se você torrar com uma quantidade diferente de café todas as vezes, receberá inevitavelmente resultados diferentes a cada batelada. Isso ocorre porque o tamanho do lote afeta o fluxo de ar no torrador, o que interfere na distribuição de calor na máquina.

Da mesma forma, se você torrar o mesmo café em duas máquinas diferentes, os resultados provavelmente serão visivelmente diferentes. Como regra geral, mantenha variáveis como tamanho do lote e tipo de máquina o mais consistente possível. É muito mais fácil identificar outras variáveis-chave que precisam ser alteradas para obter o melhor perfil de torra possível.

torrefador durante apresentação

Dicas e conselhos para abordar o desenvolvimento do perfil de torra

É preciso muita prática para criar um perfil de torra ideal para um determinado café. No entanto, o processo não deve ser intimidante. Por fim, você sempre precisa considerar o sabor do café – e desenvolver um perfil que melhor destaque essas características. “A realidade é que há muitas maneiras de torrar ótimos cafés, e as pessoas devem ter a mente aberta para surpresas boas”, diz Marcus. 

Fábio, por sua vez, recomenda que os torrefadores não fiquem muito fixados na questão da curva de torra. “Às vezes é muito fácil não olhar para os números e como a curva de torra se desenvolveu, ou levar em consideração o café que você está usando. Você pode ter uma bela curva de torra, mas o café pode não ter um gosto tão bom quanto esperado”, ele diz.

Degustação de diferentes cafés

Como mencionado anteriormente, uma das maneiras mais eficazes de melhorar as habilidades de torrefação é experimentar o maior número possível de cafés diferentes. “Para quem começa a torrar, estude a xícara de café. É fácil treinar novos torrefadores para gerenciar máquinas e seguir perfis, mas você precisa saber como saborear o café. E às vezes essa é a parte mais difícil do trabalho. Um bom torrador precisa saber como aprimorar a acidez e a doçura do café – tudo se resume à degustação”, conclui Fábio.

Barista da cafeteria britânica Notes Coffee & Wine

Existe uma maneira universal de abordar o perfil de torra? Bem, sim e não. Com cada café sendo único – e mudando ao longo do tempo – os torrefadores precisam levar em consideração essas diferenças para obter os melhores resultados.

Uma coisa que os torrefadores sempre podem fazer para melhorar a consistência de seus perfis de torra, no entanto, é provar muitos cafés diferentes regularmente. Dessa forma, eles podem entender melhor a variedade de sabores do café – e como destacá-los o máximo possível.

Gostou? Em seguida, leia nosso artigo sobre como definir seu perfil de torra.

Créditos das fotos: Amit Dave, Daniel Mendoza, Elina Feofantova

Tradução: Daniela Melfi. 

PDG Brasil

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Quais são os equipamentos necessários para uma torrefação embalar e vender café moído? https://perfectdailygrind.com/pt/2023/07/28/equipamentos-vender-cafe-moido/ Fri, 28 Jul 2023 10:02:00 +0000 https://perfectdailygrind.com/pt/?p=13126 A venda de café em grãos é certamente o foco da maioria das torrefações de cafés especiais. Ao mesmo tempo, no entanto, também é importante que os torrefadores ofereçam produtos que atendam às necessidades de diferentes clientes, incluindo café previamente moído. Dado que o café moído é altamente sensível a uma série de condições ambientais, […]

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A venda de café em grãos é certamente o foco da maioria das torrefações de cafés especiais. Ao mesmo tempo, no entanto, também é importante que os torrefadores ofereçam produtos que atendam às necessidades de diferentes clientes, incluindo café previamente moído.

Dado que o café moído é altamente sensível a uma série de condições ambientais, é absolutamente imperativo que os torrefadores o selem e embalem da forma mais segura e eficaz possível. Para saber mais, conversamos com Gian Pietro Balboni, engenheiro de processos da IMF Roasters.

Você também pode gostar do nosso artigo sobre como os torrefadores podem armazenar e transportar café torrado com segurança e eficácia.

Porção de café moído em um recipiente e uma colher de plástico branca

Por que os torrefadores devem vender café moído?

Para quase qualquer torrefador de café especial, o café em grãos serve a um propósito importante. Ao moer o café em casa pouco antes da preparação, os clientes garantem que o seu café preserve o frescor por um período de tempo mais longo. No entanto, nem todos os consumidores de café têm acesso ou querem investir em um moedor.

Além disso, uma pesquisa dos EUA de 2020 descobriu que 76% das pessoas compraram seu café moído. Embora essa porcentagem certamente varie de país para país, é claro que há demanda global por esse produto. É importante lembrar que a conveniência é um importante fator de compra para muitos consumidores, juntamente com a qualidade e o preço a ser pago.

Em última análise, para muitos consumidores, o café moído é altamente conveniente. Além disso, também houve um aumento maciço na popularidade de cápsulas e sachês, assim como das embalagens de dose única.

Silos de armazenagem da IMF Roasters

Por que os torrefadores precisam embalar o café moído com segurança e eficácia?

O café torrado – seja moído ou grão inteiro – é um produto instável. Isso ocorre porque muitas reações químicas ocorrem quando altas temperaturas são aplicadas ao café verde. Essas reações criam mudanças irreversíveis na estrutura celular dos grãos.

Durante o processo de torra, vários gases se formam dentro dos grãos de café, entre eles está o dióxido de carbono (CO₂). Embora algum CO₂ e vapor de água sejam liberados durante a torrefação, a maior parte permanece presa dentro dos grãos.

O café moído, no entanto, é ainda mais instável do que o grão inteiro. Isso ocorre porque, quando o café é moído, ele libera cerca de 60% a 70% de seu teor de CO₂. Pesquisas descobriram que a quantidade de CO₂ contida no café é um marcador “físico” de frescor. Ou seja, quanto mais CO₂ estiver presente no café, mais “fresco” ele será.

“O café moído também se degrada facilmente quando em contato com o oxigênio devido ao processo de oxidação, a principal razão para a perda de frescor e aroma”, diz Gian. Considerando isso, é importante que os torrefadores implementem protocolos e procedimentos rigorosos para proteger a integridade do café moído.

O risco de contaminação, bem como a perda de qualidade e frescor, aumenta quando não se implementam sistemas de controle dessas variáveis. Principalmente no café moído, onde há maior quantidade de áreas expostas a variáveis como oxigênio, calor e luz solar.

Preocupações com a venda de café moído

Como o café moído tem mais áreas expostas à oxidação e outros fatores do que o café em grãos, há mais oportunidades de contaminação. Por exemplo, o café moído absorverá naturalmente mais umidade, odores e sabores do ambiente ao redor.

Embora o processo de torra seja uma “etapa de eliminação” (ponto em que se removem patógenos e microrganismos potencialmente perigosos do produto), o café moído continua suscetível  à contaminação. Isto acontece especialmente quando o café é armazenado, transportado ou embalado incorretamente. Sendo assim, a preocupação com esses fatores é fundamental.

Equipamentos de torra e armazenagem da IMF Roasters

Então, quais são os equipamentos necessários?

Para vender produtos de café moído de alta qualidade, os torrefadores precisam garantir que tenham o equipamento certo para armazenamento, transporte e embalagem. “O café moído é muito sensível a certas variáveis, com uma vida útil mais curta. Portanto, a embalagem precisa prolongar sua vida útil o máximo possível”, diz Gian.

Os produtos de café moídos são muito movimentados, desde o manuseio por torrefadores, até o transporte, e também pelos próprios consumidores. Quando se mói, embala e depois envia o café moído ao consumidor, há um potencial significativo de perda de qualidade.

Para resolver esses problemas, os torrefadores precisam considerar os sistemas de armazenamento primeiro. “Os sistemas de armazenamento da IMF são projetados para preservar o frescor e a qualidade. Projetamos silos de armazenamento específicos que reduzem qualquer contato entre o café moído e o oxigênio no ambiente”, diz Gian.

Lavagem com nitrogênio

Como a exposição ao oxigênio é um dos principais fatores que reduz a vida útil do café moído, alguns torrefadores retiram o oxigênio de suas embalagens, substituindo-o por nitrogênio.

A IMF também fornece sistemas de armazenamento que permitem que o nitrogênio entre no silo. Isso preserva mais compostos aromáticos durante a fase de desgaseificação”, explica Gian.

“O sistema de descarga de nitrogênio é util para expelir oxigênio dos silos. Eles ficam então sob condições controladas para não haver contato entre o café moído e o oxigênio para melhor preservação do aroma. Eles também têm ciclos de alto vácuo, que extraem CO₂ do café moído em menos tempo do que a fase típica de desgaseificação”, continua ele.

A questão da desgaseificação

É possível implementar sistemas assim em torrefações de qualquer tamanho, a depender do orçamento disponível. “O frescor do produto e a preservação da qualidade são necessários para garantir que o CO₂ residual no café moído seja adequado para a embalagem”, diz Gian. Isso é de extrema importância, caso contrário, as embalagens podem se expandir e romper se o café não “descansar” por tempo suficiente para sua desgaseigicação.

Considerando isso, as válvulas de desgaseificação podem ser especialmente úteis. Estes são geralmente feitos de uma tampa, um disco elástico, uma camada viscosa, uma placa de polietileno e um filtro de papel. À medida que a pressão se acumula quando acontece a liberação do gás carbônico, ele acabará passando a tensão superficial. Em seguida, a camada viscosa deslocará o diafragma, permitindo que o excesso de CO₂ escape.

pote com café moído sobre uma balança digital

A venda de café moído é um fluxo de renda bem-sucedido para muitos torrefadores, mas é essencial que eles saibam como armazenar, transportar e embalar esses produtos da forma mais eficaz possível.

Ao longo deste processo, os torrefadores também precisam de um plano abrangente para preservar o frescor (e, portanto, a qualidade) a cada passo do caminho, antes ou depois da torra e da moagem.

Gostou? Em seguida, leia nosso artigo sobre como os torrefadores especializados gerenciam seus suprimentos de café verde.

Créditos das fotos: IMF Roasters

PDG Brasil

Tradução: Daniela Melfi

Observação: o IMF Roasters é patrocinador do Perfect Daily Grind.

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Com que frequência as torrefações devem promover rotatividade nas suas opções de cafés? https://perfectdailygrind.com/pt/2023/07/17/promover-rotatividade-em-opcoes-de-cafes/ Mon, 17 Jul 2023 10:04:00 +0000 https://perfectdailygrind.com/pt/?p=13007 Com o aumento dos custos de energia e mão-de-obra, as margens das empresas de café estão mais apertadas do que nunca. No entanto, ainda é de extrema importância que os torrefadores continuem oferecendo uma variedade de cafés para atender às preferências dos consumidores. Eles também precisam garantir o frescor de seus grãos, e para isso devem […]

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Com o aumento dos custos de energia e mão-de-obra, as margens das empresas de café estão mais apertadas do que nunca. No entanto, ainda é de extrema importância que os torrefadores continuem oferecendo uma variedade de cafés para atender às preferências dos consumidores. Eles também precisam garantir o frescor de seus grãos, e para isso devem gerenciar seu estoque e promover a rotatividade nas opções que oferecem.

Embora a rotatividade de cafés possa ser desafiadora, existem várias maneiras pelas quais os torrefadores podem fazer isso de forma eficaz, sustentável e lucrativa. Para saber mais, conversei com Richard Sandlin, diretor de desenvolvimento de negócios da Royal Coffee. Leia mais sobre a percepção dele.

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Amostras de café numa sessão de cupping -- como as torrefações devem promover a rotatividade em suas opções de cafés.

Por que as torrefações precisam promover rotatividade em suas opções?

Em termos simples, o giro do estoque de café é feita de duas maneiras:

  • Quando os torrefadores vendem colheitas anteriores de um determinado café aos clientes e depois compram um novo lote do mesmo café;
  • Quando os torrefadores vendem uma colheita anterior de um determinado café aos clientes e depois compram um lote que ainda não está em seu cardápio.

Os cafés comprados anteriormente precisam ser vendidos primeiro, para garantir que o estoque permaneça o mais fresco possível, mas muitas vezes isso não é tão simples como pode parecer.

“Comprar café verde não é tão simples. Como é um produto sazonal, colhido em diferentes momentos ao redor do mundo, o envio e a chegada dos grãos às torrefações acontece em diversos períodos”, explica Richard.  “Sempre encorajo os torrefadores a considerar igualmente três pilares principais: preço, disponibilidade e qualidade.

Quando um desses três pilares se move em uma direção mais drástica, obter o café certo para suas necessidades pode ser mais difícil. Então promover a rotatividade de opções e pensar estrategicamente pode ser a solução perfeita”, acrescenta.

Preservando o frescor

Para os clientes experimentarem todo o espectro dos sabores do café, ele deve ser fresco. Isso ocorre porque o café se oxida conforme envelhece, perdendo seus sabores e aromas.

O café torrado é muito mais suscetível à oxidação por conta das mudanças na estrutura celular dos grãos que acontecem durante a torra. De modo geral, o café verde permanece fresco por 6 a 12 meses, então os torrefadores precisam gerir seus estoques com isso em mente.

“Os torrefadores idealmente contratam ou compram café verde suficiente para durar entre três e seis meses. Promover a rotatividade de forma eficiente garante que você sempre tenha acesso ao café mais fresco, sem precisar comprar grandes lotes de uma só vez no começo da safra”, Richard diz.

Gestão de inventário

Seja qual for o tamanho da torrefação, o gerenciamento de estoque é uma parte essencial de uma operação eficaz. É preciso entender quanto espaço está disponível antes de comprar volumes maiores. Além de saber qual grão precisa ser torrado primeiro para ser colocado à venda no momento certo.

De acordo com Richard, gerenciar estoques é muito mais do que prever espaço para armazenamento. “Você precisa saber como procurar cafés básicos que sejam consistentes. É possível comprar cafés de Honduras, Guatemala, Peru e Colômbia quase o ano todo para criar um perfil consistente para seus blends”, diz.

“É melhor se concentrar no sabor primeiro e na origem depois”, acrescenta. “Isso permite que os torrefadores tenham mais espaço para gerenciar não apenas seu estoque, mas também seu fluxo de caixa”.

Variedade

Manter o frescor do café e vender uma variedade de lotes diferentes ao mesmo tempo pode, muitas vezes, ser um ato de equilíbrio. Os consumidores de café especial hoje esperam uma variedade de origens, variedades, métodos de processamento e perfis de torra.

Embora os blends sejam uma parte essencial das ofertas de muitos torrefadores, as origens únicas também são populares. “Elas permitem que os torrefadores sejam mais flexíveis”, diz Richard. “Seu menu de cafés de origem única pode ter quantos cafés você desejar.”

Como parte disso, alguns torrefadores optam por vender quantidades muito menores de café. Como os micro e nano lotes tendem a ter perfis sensoriais muito mais distintos e complexos.

Royal Coffee’s Crown Jewels são micro lotes com processos e variedades específicos. Cada lote Crown Jewel vem com uma análise de cinco partes que explica a história do produtor, características do café e uma variedade de perfis ideais de torra e métodos de extração, bem como avaliações de cupping da nossa equipe”, diz Richard.

A venda dos micro e nano lotes pode acontecer com mais rapidez, por serem mais exclusivos ou edições limitadas. E isso ajuda os torrefadores a girar seu estoque com mais eficiência.

Amostras de grãos de café torrados em copos transparentes

Como as torrefações devem promover a rotatividade nos seus estoques?

Quando se trata de gerenciamento de torrefação e, há muitos desafios e riscos envolvidos. No entanto, existem também várias maneiras pelas quais os torrefadores podem superar quaisquer problemas potenciais.

Comprando volumes menores de café

Embora os torrefadores maiores ainda precisem comprar volumes significativos de café para acompanhar a demanda, lotes menores podem ajudá-los a permanecer flexíveis e eficientes.

“Os torrefadores devem desenvolver sua própria calculadora de uso mensal para entender mais sobre as brechas em seus menus”, explica Richard. “Por exemplo, a qualquer momento, um torrefador pode ter três origens únicas, dois blends, uma opção de descafeinado e, em seguida, uma edição especial”.

“Após ter uma noção de quanto desses cafés você precisa todos os meses, você pode calcular o número de sacas que você tem que comprar num determinado período”, acrescenta.

Custos de equilíbrio

Para qualquer negócio de café, saber como gerenciar custos é vital. No entanto, os torrefadores também precisam vender cafés que sejam conhecidos por uma ampla gama de consumidores. “Para a maioria dos torrefadores, é muito mais fácil construir um negócio comprando cafés mais em conta do que lotes de melhor avaliação e, por conta disso, mais caros”, diz Richard.

“No entanto, também há momentos em que os torrefadores precisam comprar cafés de qualidade mais alta, como Geshas ou cafés processados experimentais, mas isso geralmente é a exceção e não a norma”, acrescenta.

Embalagem

Quando se trata de giro de estoque, Richard explica que outro fator importante que muitas vezes pode ser perdido é a embalagem. 

Com a crescente necessidade de se destacar dos concorrentes, o design de embalagens tornou-se mais um foco para torrefadores e consumidores. No entanto, é preciso estar atento à quantidade de embalagens que estão solicitando para cafés específicos. “Quanto mais flexibilidade você tiver com sua embalagem, melhor será sua capacidade de girar seu café”, diz ele.

A compra de embalagens com quantidades mínimas de pedidos mais baixas e prazos de entrega mais curtos pode ajudar os torrefadores a manterem seu estoque fresco. Além disso, isso também pode garantir que os torrefadores gerenciem seus custos de maneira mais eficaz.

Amostras de café moído em copos transparentes sobre uma mesa circular

Quais são os benefícios de se promover a rotatividade nos estoques de café?

É claro que quando torrefadores giram seu estoque regularmente, há uma série de vantagens, como:

Curadoria do menu

As ofertas de um torrefador precisam atender ao maior número possível de consumidores. “Muitos torrefadores olham para os cafés mais sofisticados, como as Crown Jewels da Royal Coffee, como oportunidades de marketing para ampliar os limites da qualidade. Isso pode ser interessante porque, embora esses cafés sejam menos lucrativos, eles ainda chamam muita atenção de clientes e atacadistas”, diz Richard.

“Por outro lado, quanto mais flexibilidade você tiver com seu cardápio, mais fácil será vender cafés que talvez não sejam tão frescos”, acrescenta. “Mesmo que você se concentre predominantemente em origens únicas, ter um ou dois blends principais é fundamental para vender cafés mais antigos”.

“O que pode parecer um pouco mais velho para um torrador pode estar no ponto ideal para outro, então não há uma regra geral”, continua Richard. “Entender o seu processo de controle de qualidade é o melhor lugar para começar – quanto mais você conhece o seu café, mais fácil será para pegar quando ele está começando a ter um sabor menos fresco.”

Entregar mais consistência aos clientes

Para alguns torrefadores, os cafés rotativos podem representar algum risco – especialmente quando se trata de manter perfis sensoriais consistentes. Isso pode ser ainda mais evidente com blends, com os quais os clientes geralmente contam como um porto-seguro.

“A rotatividade dos cafés envolve pensar mais estrategicamente, diversificar suas necessidades e encontrar grãos que sejam flexíveis em seu cardápio. Por exemplo, os cafés hondurenhos de processamento honey não estão disponíveis durante todo o ano, mas há grãos com perfis semelhantes de outros países da América Central e do Sul. Oferecer blends em conjunto com origens únicas significa que você pode ter algo para todos os públicos”, conclui Richard.

Grãos verdes de café sendo despejados de uma bacia metálica -- como os torrefadores devem promover a rotatividade em suas opções de café

Para executar uma torrefação bem-sucedida e sustentável, a gestão de estoques é claramente um fator importante. No entanto, também é claro que a rotatividade regular e estruturada de cafés é parte fundamental disso.

“Não há necessidade de reinventar todo o seu cardápio todos os meses, mas oferecer novos itens a cada dois ou três meses mantém o apelo da novidade. Compre seu café sazonalmente, garantindo frescor, mantendo um fluxo de caixa mais saudável”, finaliza Richard.

Gostou? Em seguida, leia nosso artigo sobre a quantidade de café verde que você deve pedir para sua torrefação.

Créditos da imagem: Royal Coffee

PDG Brasil

Traduzido por Daniela Melfi

Observação: Royal Coffee é patrocinador do Perfect Daily Grind.

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Como armazenar e transportar café torrado de forma segura e eficaz? https://perfectdailygrind.com/pt/2023/06/23/como-armazenar-e-transportar-cafe-torrado/ Fri, 23 Jun 2023 10:02:00 +0000 https://perfectdailygrind.com/pt/?p=12993 Muita coisa acontece numa torrefação de café especial ao longo de um dia de operações. E embora a torra de lotes de café possa ser a primeira coisa que vem à mente, há muito mais para os torrefadores considerarem. Armazenar café torrado de forma segura e eficaz, bem como movimentá-lo de forma eficiente, são tarefas […]

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Muita coisa acontece numa torrefação de café especial ao longo de um dia de operações. E embora a torra de lotes de café possa ser a primeira coisa que vem à mente, há muito mais para os torrefadores considerarem.

Armazenar café torrado de forma segura e eficaz, bem como movimentá-lo de forma eficiente, são tarefas essenciais para o sucesso de uma torrefação. Sendo assim, é preciso seguir um conjunto de boas práticas para proteger a integridade dos grãos.

Para saber mais, conversei com Roberto Pedini, Gerente de Processos Especializados da IMF Roasters. Continue lendo para saber mais.

Você também pode gostar do nosso artigo sobre como os torrefadores de café especial gerenciam seus suprimentos de café verde.

Silo para armazenar café torrado da IMF Roasters

Por que é importante preservar a qualidade e o frescor do café torrado?

Armazenar o café verde em condições ideais é algo fundamental, porque isso ajuda preservar sua qualidade e características inatas. E Isso significa que, uma vez torrado, os clientes podem experimentar todo o espectro dos sabores de um café.

De modo geral, o café verde permanece fresco entre seis meses e um ano após a colheita. O café torrado, no entanto, é muito menos estável e perde seu frescor em questão de semanas. Isso ocorre por conta das reações que ocorrem durante o processo de torra e alteram a estrutura celular dos grãos de café, ajudando a desenvolver seus sabores e aromas.

Durante a torra, gases como dióxido de carbono (CO2) se formam dentro dos grãos de café. Embora uma parte desses gases, junto com vapor de água, seja liberada durante a torra, a maioria permanece presa dentro dos grãos, pois eles são porosos

Desgaseificação e frescor

Ao longo das semanas seguintes, o CO2 será gradualmente liberado dos grãos de café durante o armazenamento – isso é chamado de maturação e “desgaseificação”. Quando o café é torrado e moído, no entanto, ele libera cerca de 60% a 70% de seu CO2 – indicando uma perda quase imediata de frescor.

Por sua vez, a pesquisa concluiu que a quantidade de CO2 contida no café é um marcador “físico” de frescor. Essencialmente, isso significa que, se não houver CO2 presente no café, ele não pode ser considerado fresco. Além disso, o gás atua como uma barreira à oxidação do café torrado adiando a deterioração de seus atributos. “É necessário armazenar o café torrado adequadamente para preservar aromas e sabores”, diz Roberto.

No entanto, ao moer e preparar café logo após a torrefação, o grande volume de gases vai causar uma extração inadequada. Sendo assim, muitos profissionais recomendam aguardar alguns dias após a torrefação antes de usar os grãos. O tempo específico de descanso depende muito de uma série de fatores, tais como:

  • variedade;
  • método de processamento;
  • densidade dos grãos;
  • perfil de torra.

Regulamentos de segurança

Para torrefadores em todo o mundo, as regras de segurança alimentar podem variar. Mas todos os torrefadores, independentemente de onde estejam localizados, precisam garantir que seu café permaneça livre de contaminantes.

Embora se considere a torra uma “etapa de eliminação” (ponto em que há a remoção de patógenos e microrganismos nocivos de um produto), ainda é possível que haja contaminações. Isso porque, sem condições e instalações adequadas de armazenamento, insetos e fungos podem se instalar nos grãos.

Equipamento para armazenar e transportar grãos torrados da IMF Roasters

Qual a forma ideal para armazenar e transportar café torrado?

Ao escolher uma solução para armazenar o café torrado, muitos torrefadores optam por silos projetados especificamente para protegê-lo do contato com oxigênio, umidade e outros fatores ambientais. “Os silos da IMF estão disponíveis em diferentes tamanhos, formas e designs. E sua instalação ao ar livre é segura, se não houver espaço suficiente dentro da torrefação”, diz Roberto.

Além de armazenar café em condições ideais, os torrefadores também precisam garantir que armazenam e movimentam os grãos de café torrados em torno de suas instalações de forma adequada e segura. Para agilizar o processo de transportar o café verde para a máquina, muitos torrefadores usam equipamentos pneumáticos, correias ou carrinhos. Isso permite a movimentação de grandes lotes rapidamente, ao mesmo tempo em que reduzem o risco de lesões por levantar cargas pesadas.

“É muito importante proteger o café durante o transporte para evitar quebrar qualquer grão, bem como minimizar qualquer degradação na qualidade. As soluções da IMF dependem de certas tecnologias e projetos para lidar com o café com segurança”, diz Roberto.

“Mover grãos de café torrados tem que ser um processo suave e lento – é importante controlar a velocidade e a pressão. Os transportadores pneumáticos são as soluções mais flexíveis e sanitárias, enquanto se pode usar transportadores mecânicos distâncias mais curtas”, acrescenta.

Boas práticas para armazenar café torrado

Armazenar café torrado em recipientes que o protejam do oxigênio, umidade e outros fatores ambientais é essencial. Assim como projetar um espaço de torrefação eficiente e ergonômico pode ajudar a agilizar esse processo. Até por isso, muitos torrefadores optam por investir em silos para armazenar café torrado.

No entanto, também é fundamental que os sistemas de armazenamento de café torrado permitam que os grãos amadureçam e desgaseifiquem a uma taxa constante. Por exemplo, Roberto explica que os silos de café torrado da IMF incluem válvulas de desgaseificação embutidas para liberação de CO2.

Equipamentos para armazenar café torrado da IMF Roasters

Quais são os equipamentos indispensáveis para essa tarefa?

Não importa quais soluções de armazenamento e transporte os torrefadores escolham usar, eles precisam investir em equipamentos de alta qualidade. “Os torrefadores precisam de equipamentos profissionais e de alta qualidade, projetados especificamente para manusear cuidadosamente o café torrado para armazenamento e transporte”, explica Roberto.


O silo é uma das maneiras mais eficazes de preservar o frescor e a qualidade do café torrado, além de eliminar o risco de contaminantes. “Os silos da IMF são feitos de aço. Eles também incluem amortecedores, que minimizam a probabilidade de danificar ou quebrar grãos durante o carregamento”, ele acrescenta.

Indiscutivelmente, no entanto, a peça mais importante de equipamento para qualquer torrefação é o próprio torrador. Sem uma máquina profissional de alto desempenho, os torrefadores nunca conseguirão obter perfis de torrefação consistentes e de alta qualidade.

Roberto explica que algumas torrefações, como a IMF, utilizam tecnologia de retenção de calor e recirculação. Esses sistemas podem não apenas melhorar a consistência dos perfis de torra, mas também reduzir o consumo de energia – e, portanto, os custos

E quanto à gestão do suprimento de café verde?

Muitos torrefadores de cafés especiais pagam preços altos pelo café verde. Por isso, precisam garantir que o consumidor final experimente toda a gama de sabores e aromas desses grãos. Outra consideração importante é minimizar o desperdício e agilizar as operações.

Os funcionários da torrefação muitas vezes podem gastar muito tempo transportando café em torno de armazéns, portanto, investir em sistemas de transporte poderia aliviar suas cargas de trabalho. Como resultado, os torrefadores podem se concentrar em outras áreas de seus negócios, além de aumentar potencialmente as margens de lucro.

Da mesma forma, sistemas como silos, dosadores e linhas de embalagem podem ajudar a reduzir o desperdício, o que também pode diminuir os custos. Além de liberar espaço na torrefação. “A IMF também fornece sistemas de transporte que movem o café torrado dos silos para as linhas de embalagem”, diz Roberto.

Detalhe de um torrador da IMF Roasters

Eles podem não parecer uma prioridade, mas o armazenamento e o transporte são fatores incrivelmente importantes a serem considerados se os torrefadores quiserem vender consistentemente café torrado de alta qualidade. Dado que o café torrado é um produto instável e perde seu frescor e integridade muito facilmente.

Para reduzir esse risco tanto quanto possível, os torrefadores precisam investir no equipamento de armazenamento e transporte certo e projetar sua torrefação em torno dessas soluções.

Gostou? Em seguida, leia nosso artigo sobre como os torrefadores de café podem projetar um espaço de torrefação atraente e eficiente.

Créditos da foto: IMF Roasters

PDG Brasil

Traduzido por Daniela Melfi

Observação: a IMF é patrocinadora do Perfect Daily Grind.

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Como as torrefações podem gerenciar seus estoques de café verde? https://perfectdailygrind.com/pt/2023/05/22/gerenciar-estoques-de-cafe-verde/ Mon, 22 May 2023 10:06:00 +0000 https://perfectdailygrind.com/pt/?p=12873 Para qualquer torrefação de cafés especiais, um dos principais fatores para administrar um negócio de sucesso é um fornecimento contínuo de café verde fresco, mas um gerenciamento de estoque eficiente também é fundamental. Quando armazenado e usado de forma inadequada, o café verde perderá rapidamente seu frescor. E, com isso, sua qualidade também. No entanto, […]

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Para qualquer torrefação de cafés especiais, um dos principais fatores para administrar um negócio de sucesso é um fornecimento contínuo de café verde fresco, mas um gerenciamento de estoque eficiente também é fundamental.

Quando armazenado e usado de forma inadequada, o café verde perderá rapidamente seu frescor. E, com isso, sua qualidade também. No entanto, com muitos torradores de médio ou grande porte muitas vezes tendo até um ano de fornecimento de café verde, como eles podem gerenciar seus estoques da forma mais eficaz possível?

Para descobrir, conversei com Giorgio Mosca, gerente de exportação da IMF Roasters. Leia mais sobre a percepção dele.

Em seguida, leia nosso artigo sobre como os torradores de café podem projetar um espaço de torrefação atraente e eficiente.

Silos de armazenagem permitem aos torrefadores gerenciar seus estoques de café verde

Por que preservar o frescor e a qualidade do café é tão importante?

Muitos profissionais do café costumam falar sobre o frescor do café em termos de café torrado – e com razão. O processo de torrefação (essencialmente aplicando altas temperaturas ao café verde) causa inúmeras reações químicas. Essas reações criam mudanças irreversíveis na estrutura celular dos grãos de café – ajudando a desenvolver sabores e aromas.

A torrefação também nos permite moer e preparar café à medida que os grãos se tornam mais quebradiços. No entanto, ao mesmo tempo, a torrefação torna o café um produto muito menos estável. Enquanto o café verde pode permanecer fresco por entre seis meses e um ano após a colheita, o café torrado só permanece fresco por cerca de semanas.

Uma vez torrado, o café é mais suscetível a uma série de fatores ambientais, como calor, luz, umidade e oxigênio. Em última análise, quando exposto a essas variáveis por um período significativo, o café perde seus sabores e aromas mais rapidamente.

O frescor do café verde

No entanto, apesar de ter uma vida útil mais longa, também precisamos lembrar que o café verde também pode perder seu frescor. A exposição prolongada ao oxigênio, água e temperaturas extremas terá efeitos adversos na qualidade e frescor do café verde.

“Durante a torrefação, o teor de umidade dos grãos de café verde influenciará as reações químicas, portanto, a formação de sabor”, diz Giorgio.

Conforme a Organização Internacional do Café, o teor de umidade ideal para o café verde é entre 8% e 12,5%. Por sua vez, se o teor de umidade estivesse fora dessa faixa, os torradores não conseguiriam tirar o melhor proveito do café. Além disso, o frescor do café verde pode depender de uma série de outros fatores. Alguns deles incluem:

  • país de origem;
  • data da colheita;
  • variedade;
  • método de processamento;
  • densidade do grão.

Sendo assim, os torradores precisam garantir que seu café verde seja armazenado em um ambiente seco e fresco para melhor preservar seus atributos

Grãos de café antes de serem torrados

O gerenciamento de estoque como medida para evitar e mitigar contaminações

Preservar o frescor do café verde não é apenas vital para os torradores, mas manter a integridade do café verde é igualmente importante.


“É essencial evitar que o café verde seja contaminado, da mesma forma que qualquer produto alimentar. Devemos guardá-lo longe de umidade e temperaturas extremas para evitar a formação de fungos ou bolores, bem como para não atrair insetos ou pragas.”

Conforme os regulamentos da União Europeia, o processo de torrefação é considerado uma “etapa de eliminação”. Este é um termo usado na indústria de segurança alimentar para descrever o ponto em que microrganismos perigosos são removidos do produto. No entanto, ainda é possível que o café verde tenha outros contaminantes, o que pode ter um impacto negativo na qualidade, além de efeitos nocivos para os consumidores.

A atividade da água no café verde deve permanecer entre 0,5% e 0,7% aw (uma medição da pressão de vapor entre o produto alimentar e a pressão de vapor da água destilada), segundo os protocolos de segurança alimentar, que variam de país para país. Deve-se notar que muitas leis e requisitos de segurança alimentar são de responsabilidade dos importadores e exportadores de café verde.

No entanto, os torrefadores também têm o dever de garantir que seu café verde esteja livre de contaminantes, antes de chegar à torrefação e enquanto lá estiverem armazenados, usando um conjunto de verificações de controle de qualidade.

Espaço de armazenagem de uma grande torrefação de café

Quais equipamentos são indispensáveis para um bom gerenciamento de estoque de café verde?

Em primeiro lugar, os torrefadores devem garantir que seus cafés estejam frescos e tenha boa qualidade quando o receberem na torrefação. A verificação de quaisquer defeitos primários e secundários também é importante, o que pode incluir:

  • grãos quebrados;
  • grãos pretos;
  • sinais de infestações por pragas;
  • presença de mofo ou outros fungos;
  • presença de contaminantes externos como pedras, galhos, etc.

“Para os torrefadores, é crucial que o café verde atenda aos padrões de qualidade desejados, especialmente para manter a consistência durante todo o processo de torra e no produto final”, explica Giorgio.

Em segundo lugar, os torrefadores precisam se certificar de que armazenam seu café verde em condições ambientais ideais.

Por exemplo, para manter um nível de umidade do café verde de 8% a 12,5%, o estoque de uma torrefação deve ter entre 60% e 65% de nível de umidade, com uma faixa de temperatura de 15 °C a 25 °C. Para fazer isso, os torradores podem investir em um sistema de ventilação bem projetado.

Em termos de equipamentos de armazenagem, os silos de café verde são uma solução popular para muitos torradores. Estes são recipientes especialmente projetados que estão disponíveis em diferentes formas e tamanhos. Alguns silos são poligonais, enquanto outros são circulares.

“Os silos da IMF ajudam a preservar o frescor e a qualidade, impedindo que o café verde entre em contato com a umidade e o oxigênio”, diz Giorgio. “Desta forma, os torradores podem proteger o café verde da umidade excessiva para manter suas qualidades. Ele acrescenta ainda que a IMF também fornece equipamentos para torrefadores medirem com precisão uma série de fatores ambientais, como umidade e exposição à luz.

Mão pegando uma porção de grãos crus de café de um balde

Como torrefadores devem gerenciar seus estoques?

Além de investir no equipamento certo, os torradores também precisam usar técnicas adequadas para o gerenciamento de estoque de café verde.


A maioria dos torradores usa um sistema “first in, first out” (FIFO). Isso envolve torrar o café de acordo com quando ele chegou à torrefação, além de garantir que todos os pedidos permaneçam no caminho certo e sejam atendidos. Como resultado, os torrefadores minimizam o desperdício e garantem que o lote mais antigo não perca seus atributos.

Armazenar café verde em silos pode ajudar com o método FIFO, pois eles são normalmente projetados para dispensar grãos de café a serem transportados para o torrador. No entanto, antes da torra, o café verde deve ser limpo e separado. Esses processos ajudam a remover quaisquer grãos defeituosos ou contaminantes externos.

“As máquinas de limpeza e classificação da IMF removem contaminantes com base no tamanho ou peso, como galhos, pedras, poeira e materiais das embalagens de café verde”, explica Giorgio. “Nós também fornecemos máquinas de classificação óptica que usam refração infravermelha e câmeras multiespectrais para reconhecer quaisquer objetos estranhos com base na cor e forma que não são visíveis a olho nu.”

Em última análise, os sistemas de limpeza e classificação garantem que o café verde esteja consistentemente livre de contaminantes e impurezas.

Estoque de uma grande torrefação de cafés

Quais são os benefícios de um eficaz gerenciamento de estoque de café verde?

Em primeiro lugar, é importante ressaltar que os torradores são obrigados a seguir os regulamentos de segurança alimentar e devem sempre garantir que seu café esteja livre de contaminantes e detritos.

No entanto, ao lado disso, muitos torradores de cafés especiais pagam preços altos pelo café verde; por isso, precisam manter e preservar a qualidade de seus produtos o máximo possível. Dessa forma, o consumidor final experimentará toda a gama de sabores e aromas dos grãos – construindo confiança e fidelidade à marca.

Uma grande parte disso está na consistência. Digamos que um cliente peça um saco de café queniano e, em seguida, peça o mesmo café novamente depois de três meses. Ele naturalmente espera que o café tenha um sabor semelhante. Sendo assim, o armazenamento adequado e o gerenciamento de estoque acabam sendo essenciais.

Além disso, se um torrador não armazenar o café verde corretamente, ele pode jogar por terra o trabalho árduo de produtores e exportadores que ajudaram a manter a qualidade do café em toda a cadeia de suprimentos. Da mesma forma, o café perderá suas características únicas e pode até cair alguns pontos na escala de avaliação SCA.

Minimizando desperdícios e custos

Finalmente, o gerenciamento adequado do estoque de café verde ajuda os torradores a minimizar o desperdício, portanto, os custos – melhorando a eficiência de seus negócios.

“A IMF oferece soluções personalizáveis que ajudam os torradores a gerenciar seu café verde de forma eficaz”, diz Giorgio. “Projetamos sistemas de armazenamento e dosagem que otimizam o espaço e o fluxo de trabalho.

“Nossos sistemas automatizados também ajudam a minimizar o trabalho, enquanto o sistema de filtragem centralizado garante um local de trabalho mais limpo e seguro”, acrescenta.

Grãos de café ainda não torrados dentro de um recipiente plástico

Para que qualquer torrador tenha sucesso, sistemas adequados de gerenciamento de estoque de café verde são cruciais. Sem esses métodos, o café verde pode rapidamente ficar velho, obsoleto ou mesmo se contaminar.

Para garantir que eles estejam sempre vendendo café de alta qualidade, os torradores precisam investir no equipamento de armazenamento certo e implementar um conjunto de técnicas de gerenciamento de estoque confiáveis e consistentes.

Gostou? Em seguida, leia nosso artigo sobre como a retenção de calor e a recirculação podem ajudar os torradores de cafés especiais a melhorar a eficiência.

Créditos da foto: IMF Roasters

PDG Brasil

Traduzido por Daniela Melfi

Observação: a IMF é patrocinadora do Perfect Daily Grind.

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Como a retenção de calor e a recirculação aumentam a eficiência de torradores? https://perfectdailygrind.com/pt/2023/04/17/retencao-de-calor-na-torrefacao/ Mon, 17 Apr 2023 10:04:00 +0000 https://perfectdailygrind.com/pt/?p=12692 Nunca foi tão importante para os torrefadores de café se tornarem mais eficientes em termos de uso de energia. Com o aumento dos custos de energia e logística, os torrefadores precisam estar mais atentos do que nunca ao seu consumo, bem como à eficiência dos equipamentos que usam. Isto se torna ainda mais verdadeiro quando […]

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Nunca foi tão importante para os torrefadores de café se tornarem mais eficientes em termos de uso de energia. Com o aumento dos custos de energia e logística, os torrefadores precisam estar mais atentos do que nunca ao seu consumo, bem como à eficiência dos equipamentos que usam.

Isto se torna ainda mais verdadeiro quando tratamos de máquinas – particularmente aquelas que incluem tecnologia de retenção de calor e recirculação. Esses sistemas não apenas podem ajudar a reduzir o consumo de energia e, assim, diminuir os custos, mas também podem ajudar a reduzir as emissões.

Além disso, dado que a demanda por café sustentável está apenas crescendo, é vital que os torrefadores prestem mais atenção ao seu impacto ambiental.

Para saber mais sobre como funcionam a retenção de calor e a recirculação na torrefação de café, bem como os benefícios desses sistemas, conversei com Alessandro Garbin, CEO da IMF Roasters. Leia mais sobre a percepção dele.

Você também pode gostar do nosso artigo sobre como reduzir as emissões durante a torrefação de café.

Equipamento de torra de café da marca IMF

O que são a retenção de calor e a recirculação na torra de cafés?

Antes de discutirmos como a recirculação e a retenção de calor funcionam, primeiro precisamos analisar os tipos de transferência de calor na torrefação de café.

Existem duas maneiras principais pelas quais o calor pode ser transferido:

  • Transferência de calor condutiva: é quando o calor é transferido entre dois objetos que estão em contato direto. Por exemplo, quando um grão de café toca a superfície do tambor do torrador ou outro grão.
  • Transferência de calor convectiva: isso acontece quando o calor é transferido por líquido ou gás. Este tipo de transferência de calor pode ser natural ou intencional
    • Natural: o ar quente subirá para o topo do tambor do torrador.
    • Intencional: usar um ventilador ou bomba para forçar o ar frio para o tambor do torrador.

A transferência de calor por radiação também é usada na torrefação de café. É quando o calor é liberado como resultado dos movimentos vibracionais e rotacionais de moléculas e átomos, o que significa que é quase impossível para os torrefadores controlarem esse tipo de transferência de calor.

A transferência de calor condutiva também não tem tanto destaque na torrefação de café quanto a transferência de calor convectiva. Como tal, é fundamental que os torrefadores a controlem com eficiência.

Além de utilizar algum tipo de fonte de calor (geralmente a gás ou elétrica), a maioria dos torrefadores tem um ventilador ou bomba embutida. Quando em operação, ambos os sistemas trabalham para absorver ar continuamente e aquecê-lo para que o café possa ser torrado. O sistema de ventilação de um torrador removerá a fumaça e os gases residuais da máquina.

Sistemas de recirculação de calor

Alessandro explica o que é a recirculação de calor no contexto da torrefação de café.

“As máquinas reutilizam o ar que já foi usado para torrar café”, diz ele. “Depois que o ar é limpo usando altas temperaturas, ele pode ser usado novamente dentro do tambor ou da câmara de torrefação.”

Como resultado da fonte de calor e do sistema de ventilação de um torrador trabalhando constantemente em uníssono, o ar é continuamente aquecido e reaquecido durante todo o processo de torrefação.

No entanto, para torrefadores que vêm com sistemas de recirculação, o ar quente pode ser reutilizado. Para conseguir isso, o recirculador remove os resíduos – como gases de escape, palha e fumaça – antes que o ar quente seja devolvido ao tambor ou à câmara de torrefação.

Alguns torrefadores também vêm equipados com mais de um sistema de recirculação de calor, o que pode garantir uma série de benefícios.

O sistema Vortex da IMF funciona misturando o ar ambiente com o ar recirculado quente antes que ele entre no tambor ou na câmara de torrefação.

“A temperatura do ar que precisa ser reciclado e reutilizado a partir do tambor ou câmara de torrefação muitas vezes pode se tornar muito alta”, diz Alessandro. “O sistema Vortex então mistura esse ar quente com ar fresco e mais frio para que ele atinja a temperatura ideal para o perfil de torrefação pretendido.”

Enquanto isso, o sistema equalizador mantém o mesmo volume de ar quente dentro do tambor e ao redor de sua superfície, ajudando a distribuir o calor de forma mais uniforme. “O sistema Equalizador IMF garante uma transferência de calor mais uniforme para cada grão de café, para que os torrefadores possam alcançar um perfil de torrefação mais uniforme e homogêneo”, explica Alessandro.

Torrefador operando equipamento durante torra

Por que a circulação de calor é tão importante para torrefadores?

Para maximizar a rentabilidade, há muitos fatores que os torrefadores precisam considerar. Entre eles estão o gerenciamento de custos e a retenção de clientes, garantindo que seu café torrado seja consistentemente de alta qualidade.

Os sistemas de circulação de calor podem permitir que os torrefadores gerenciem efetivamente esses dois fatores.

Muitas máquinas mais antigas tendem a incluir um pós-combustor, que purifica o ar aquecendo-o até temperaturas muito altas. No entanto, embora os pós-combustores ajudem a reduzir as emissões, eles também precisam de gás para funcionar.

Para muitos torrefadores, aumentar o uso de gás para reduzir as emissões nem sempre é rentável. No entanto, os sistemas de recirculação de calor não dependem de gás – o que significa que os torrefadores podem reduzir o impacto ambiental e os custos de energia.

“A tecnologia de recirculação de calor pode ajudar a garantir que as emissões da torrefação estejam dentro dos limites impostos pelas regulamentações atuais, embora isso dependa de onde você está localizado”, diz Alessandro. “Você também não precisa integrar nenhum sistema de redução adicional, como sistemas térmicos ou conversores catalíticos.”

É um eufemismo dizer que a demanda por café mais sustentável está aumentando – especialmente entre as gerações mais jovens. Essa afirmação soa verdadeira em toda a cadeia de suprimentos, inclusive na torrefação.

“Os torrefadores IMF incluem uma câmara de aquecimento de dupla função que recicla o ar quente usado e o aquece a temperaturas muito altas”, explica Alessandro. “Desta forma, quando parte do ar é emitido para a atmosfera, já está limpo, enquanto o resto pode ser reutilizado durante o processo de torra. “Além disso, isso significa que o volume de ar emitido pelos torrefadores da IMF é menor – maximizando a recirculação de calor e reduzindo o consumo de gás em até 47%”, acrescenta.

Equipamento de grande porte da IMF, com tecnologia de retenção e recirculação de calor

Como a retenção de calor afeta as operações diárias?

Em primeiro lugar, como a maioria do calor é transferida através de condução e convecção, os sistemas de recirculação ajudam a garantir que o calor seja distribuído de forma mais uniforme no tambor ou na câmara de torrefação.

Se o calor for distribuído de forma desigual, isso pode levar a uma série de problemas para os torrefadores. Uma das maiores preocupações seria perfis de torra irregulares, onde alguns grãos são subdesenvolvidos e outros são queimados ou chamuscados. Isso não apenas resulta em um produto inconsistente, mas também afeta significativamente o sabor e a qualidade do café.

“Nem todos os sistemas de recirculação de calor garantem uma temperatura constante do ar durante a torrefação”, diz Alessandro. “Torradores de alta qualidade como o IMF garantem uma temperatura consistente, incorporando ar fresco no tambor ou na câmara, permitindo maior estabilidade térmica.”

Além disso, à medida que as máquinas se tornam progressivamente mais quentes ao longo do dia, alguns torrefadores acham difícil manter a consistência entre os lotes. Com melhores sistemas de retenção de calor, a variação de temperatura entre torras diminuirá, o que inevitavelmente melhora a consistência do perfil de torra.

Eficiência também nos custos e na manutenção

Além de manter a qualidade do café, os sistemas de recirculação de calor podem ajudar a reduzir os custos a longo prazo. Quando volumes mais baixos de ar são reaquecidos, os torrefadores podem reduzir seu uso de energia, reduzindo assim os custos de energia e reduzindo sua pegada de carbono ao mesmo tempo.

Finalmente, Alessandro aconselha sobre como garantir que os sistemas de recirculação e retenção de calor continuem funcionando de forma eficiente em seu torrador. “Como em qualquer torrador, recomenda-se limpar e fazer a manutenção regularmente da sua máquina para que ela dure por mais tempo”, conclui.

Vista em close de um equipamento de torra da IMF

Para qualquer torrador que queira se tornar mais eficiente em termos energéticos, é claro que investir em um torrefador de alta qualidade é fundamental. No entanto, gerenciar custos e manter as emissões baixas se tornará mais fácil se os torrefadores ficarem de olho na retenção de calor e na tecnologia de recirculação.

Ao fazê-lo, os torrefadores poderão gerenciar seu consumo de energia de forma muito mais eficaz. Por sua vez, é provável que eles experimentem uma diminuição em seus custos, bem como em seu impacto ambiental – ambos mais importantes do que nunca.

Gostou? Em seguida, leia nosso artigo sobre como os torrefadores de café podem projetar um espaço de torrefação atraente e eficiente.

Créditos da foto: IMF Roasters, Better Days Coffee Company

PDG Brasil

Traduzido por Daniela Melfi

Observação: a IMF é patrocinadora do Perfect Daily Grind.

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